Luizinho Barros e o Chamado das Entidades

Na política, assim como no mar, há dias de calmaria e há dias de tempestade. E parece que Luizinho Barros, uma figura política conhecida pelos seus altos e baixos, foi pego de surpresa por uma tempestade digna de Poseidon. Ontem, 01 de junho, Dino, o grande rival de Barros, inaugurou o complexo escolar Terezinha Penha, um evento monumental que deixou o grupo de Luizinho em polvorosa.

Reza a lenda que, na calada da noite, Luizinho Barros, desesperado, decidiu recorrer a uma força maior. E não estamos falando de alianças políticas ou de um milagre econômico. Não. Luizinho foi visto adentrando, às pressas, o terreiro de um amigo, um dos mais respeitados pais de santo da região. Com um semblante mais pálido que papel, ele adentrou o terreiro, implorando por auxílio espiritual. “O que será de mim, meu amigo? O Dino inaugurou aquele complexo escolar e agora o meu grupo está se desfazendo!”

Os rumores dentro do terreiro não tardaram a se espalhar. Dizem que Barros estava disposto a tudo, até mesmo a fazer oferendas extravagantes para acalmar as entidades e conseguir uma reviravolta divina em sua carreira política. Uma galinha preta, sete fitas coloridas e um charuto cubano faziam parte do kit de emergência espiritual do desesperado Luizinho.

Enquanto isso, Dino, no evento de inauguração do complexo escolar Terezinha Penha, exibia um sorriso de orelha a orelha. “O destino é inexorável”, deve ter pensado, ao observar de longe a desintegração gradual do grupo de Barros. Fontes internas revelaram que o desespero no grupo rival era palpável. Até mesmo os mais fiéis seguidores de Luizinho começavam a debandar, atraídos pelo brilho da novidade e pelo eco das promessas de Dino.

A ironia é que Luizinho sempre se vangloriou de sua habilidade de navegação política, afirmando saber lidar com qualquer maré. Mas parece que ele se esqueceu de consultar a previsão do tempo – ou, neste caso, a previsão das urnas. E agora, em vez de uma bússola, ele se agarra a velas e rituais, na esperança de que as entidades dos terreiros possam realizar o milagre que sua política não conseguiu.

Em meio a esse turbilhão, o grupo de Barros segue se desfazendo, qual navio em naufrágio. Alguns, mais céticos, comentam nos bastidores que o problema não são as marés altas de Dino, mas sim o casco furado de Luizinho. E assim, enquanto ele dança para as entidades, o barco segue afundando.

Fica a lição para os aspirantes a marinheiros políticos: às vezes, é melhor ter um bom capitão no leme do que confiar apenas na sorte e nas rezas. E para Luizinho Barros, talvez seja hora de pendurar as botas e aceitar que, na política, nem sempre as entidades podem salvar.

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