No tumulto das águas revoltas que castigam o solo, a vida em São Bento, no Maranhão, se vê presa em um cenário de desafios sem precedentes. As fortes chuvas, implacáveis em sua intensidade, impuseram ao município um fardo pesado de destruição e desamparo. Emergindo das águas agitadas, emerge a necessidade de ação imediata e coordenada.
O Decreto nº 265/2024-GAB, inicialmente promulgado em 30 de abril de 2024, proclamou a Situação de Emergência nas áreas afetadas por inundação, reconhecendo a gravidade do desastre.
Sob a égide do prefeito Carlos Dino Penha, este novo decreto reitera a magnitude da crise que se abate sobre São Bento. Chuvas torrenciais têm elevado os níveis dos rios Aurá e Pericumã, bem como seus afluentes, mergulhando comunidades inteiras na penúria dos alagamentos. A situação é alarmante, com famílias isoladas, estradas e pontes danificadas, e o acesso aos serviços essenciais comprometido.
A zona rural, coração pulsante da economia local, sofre um golpe doloroso. O setor da saúde, da educação, da segurança e do comércio enfrenta obstáculos intransponíveis. Profissionais de saúde, educadores, agentes de segurança e produtores rurais veem-se encurralados pela fúria das águas, incapazes de exercerem suas funções com plenitude. O elo que sustenta a vida cotidiana está severamente comprometido.
O recente decreto que declara Situação de Emergência em São Bento, em virtude das intensas chuvas e das inundações resultantes, é mais do que uma medida administrativa; é um testemunho da histórica vulnerabilidade da zona rural do município diante desses eventos climáticos extremos. Ao reconhecer a urgência da situação, este decreto também lança luz sobre a necessidade premente de fortalecer a resiliência das comunidades agrícolas frente aos desafios recorrentes.
Por décadas, os agricultores familiares de São Bento têm enfrentado as consequências das chuvas torrenciais que inundam suas terras e comprometem suas plantações. As inundações não apenas causam danos materiais imediatos, mas também interrompem o ciclo produtivo e ameaçam a segurança alimentar e econômica das famílias rurais.
Nesse contexto, a extensão do decreto de Situação de Emergência não só oferece um alívio temporário às comunidades afetadas, mas também destaca a importância de medidas de longo prazo para fortalecer a infraestrutura rural e promover a adaptação às mudanças climáticas. Investimentos em drenagem, manejo de águas pluviais e estradas rurais resistentes às intempéries são essenciais para reduzir o impacto das chuvas e garantir a continuidade das atividades agrícolas.
Além disso, o decreto abre espaço para a mobilização de recursos e apoio federal, possibilitando a implementação de programas de assistência e capacitação voltados para os agricultores familiares. Treinamentos em práticas agrícolas sustentáveis, acesso a tecnologias de manejo de água e apoio financeiro para a recuperação de infraestruturas danificadas são medidas que podem fortalecer a resiliência das comunidades rurais e prepará-las para enfrentar futuras adversidades.
Em última análise, o decreto de Situação de Emergência em São Bento é um lembrete urgente da necessidade de ação coletiva e investimentos estratégicos para proteger as comunidades rurais vulneráveis. À medida que nos unimos para enfrentar os desafios das chuvas e construir um futuro mais resiliente, que nunca nos esqueçamos do espírito de resiliência e solidariedade que caracteriza as comunidades rurais de São Bento.
Decreto disponível em: https://transparencia.saobento.ma.gov.br/diario/view_diario/ef3d4e3e45545f2dc348bce0355c851bf3edb72a/diario_ofical_2024-06-01
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